Quadros pendurados em paredes que de tão brancas, aspiram e inspiram.
Estrelas cadentes caem aqui na minha cama, dentro de um quadro nada branco, brando talvez.
Luzes piscam na cidade, piscaram hoje aqui dentro também, num lugar vermelho, vermelho como o céu.
Automóveis atropelam as poesias do outro lado do mundo, e mesmo assim os dentes brancos ainda sorriem, as linguas dançam o silêncio, mãos ao vento, bolas de chicletes, vidros refletem, reflito- me.
Sinto-me corroída. Aquela cor de ferrugem, livros empoeirados, fotos antigas, o que corroi afinal, o tempo?
Procuro no universo algum lugar, um lar. Uma árvore pra encostar, uma moldura para me enquadrar.
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