terça-feira, 18 de outubro de 2011







Quadros pendurados em paredes que de tão brancas, aspiram e inspiram.


Estrelas cadentes caem aqui na minha cama, dentro de um quadro nada branco, brando talvez.


Luzes piscam na cidade, piscaram hoje aqui dentro também, num lugar vermelho, vermelho como o céu.


Automóveis atropelam as poesias do outro lado do mundo, e mesmo assim os dentes brancos ainda sorriem, as linguas dançam o silêncio, mãos ao vento, bolas de chicletes, vidros refletem, reflito- me.


Sinto-me corroída. Aquela cor de ferrugem, livros empoeirados, fotos antigas, o que corroi afinal, o tempo?


Procuro no universo algum lugar, um lar. Uma árvore pra encostar, uma moldura para me enquadrar.







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