segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


As criações humanas absorvem o lado desumano do mundo, as cores ainda predominam, brilham e prevalecem sob a escuridão do caos atual. Retrovisores arrancados por motocicletas que passaram  mais rápido que imediatamente, no outro retrovisor a vista, estão olhos cheios de interrogações sobre o estado das coisas. Pareciam- me olhos numa tela em movimento, aquela tela que nunca pintei.
Víceras são materias excelentes para se colocar no Museu, pratos fundos sem nenhuma cor, órgãos internos abstraídos em uma curadoria para criticar a própria crítica. Os visitantes pagaram ingresso? Cabelos coloridos se perderam na multidão, linhas do tempo atravessaram a cidade e assassinaram o espaço, graffites tentaram ressucitá- lo, mas já estava tudo estático.


 


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